Como ajudar criança INVEJOSA | História infantil para SUA CRIANÇA descobrir o seu POTENCIAL

De repente, sua criança chega da escola falando mal do coleguinha. Pode ser da roupa, do cabelo ou até mesmo do desempenho escolar. A princípio, parece uma coisa à toa, coisa de criança. Mas à medida que você vai aprofundando a conversa, percebe que na verdade a sua criança está mesmo é sentindo inveja do colega! E aí entra um choque: como pode, uma criança sentir inveja? Será que é coisa da minha cabeça ou realmente este sentimento já pode estar presente na primeira infância? É o que vamos descobrir no post de hoje!

MEU FILHO? INVEJOSO? JAMAIS!

Vamos começar respondendo à pergunta: a minha criança é capaz de sentir inveja? E a resposta é: SIM! Bom, não sou eu quem estou falando. Encontraremos esta resposta em O Livro dos Espíritos, questão 970, na qual Kardec pergunta: Em que consistem os sofrimentos dos Espíritos inferiores? E os espíritos dão uma resposta bastante completo, enumerando várias causas para as nossas infelicidades, inclusive a inveja. Depois não deixa de ir lá conferir, ok? E, é claro, devemos nos lembrar sempre que, encarnados na Terra somos em maioria ainda espíritos inferiores - o que inclui nossas crianças. Elas ESTÃO crianças mas, na verdade, sabemos que são espíritos milenares que animam os corpos de nossos pequenos tesouros.

E O QUE FAZER COM ESSA INVEJA?

Obviamente, quando este sentimento aparece, a criança na primeira infância não elabora conscientemente: estou com inveja. Mas, surge este sentimento de cobiçar o que o outro tem, de diminuir o outro por aquilo que ela própria não tem - o que nós adultos denominamos de inveja. E não somente de coisas materiais viu gente? Pode ser uma habilidade, um talento, um comportamento, algo que a outra criança já consegue fazer e que a sua não consegue mas gostaria muito de conseguir, ela também pode sentir inveja por isso.

Ok, ok, já consegui detectar que meu filho está mesmo apresentando sinais de inveja, e agora, como ajudar criança INVEJOSA? O primeiro passo, já demos - é reconhecer o sentimento. E tá tudo bem: nós também sentimos inveja, certo? Sobre isso, recebemos o roteiro na pergunta 582 de O Livro dos Espíritos:

“Deus colocou o filho sob a tutela dos pais a fim de que estes o conduzam pela senda do bem, e facilitou a tarefa deles dando à criança um organismo fraco e delicado, que o torna propício a todas as impressões. No entanto, há muitos que se ocupam mais de endireitar as árvores do seu jardim e de fazê-las dar muitos bons frutos do que de endireitar o caráter do seu filho.”

Se você detectou em sua criança um traço de caráter não desejável - como a inveja - não recrimine a criança (e nem a você mesmo) pelo sentimento que brota - principalmente quando ele é visto como “negativo”. O que precisamos é ensina-la a reconhecer este sentimento, admitir que às vezes ele vai aparecer e oferecer ferramentas para que ela possa lidar com ele - OU, em linguagem adequada: “mandar a inveja embora”. E, claro, você já sabe: a melhor forma de fazer isso na primeira infância é por meio de uma boa história!

A DESCOBERTA DOS DONS

Agora que você já entendeu um pouco melhor sobre o reconhecimento das emoções, quero te apresentar este livro aqui: A descoberta dos dons: uma lição para toda a vida de Karina Picon, editora Boa Nova. Nesta história, temos 3 personagens principais: Guilherme, Francisco e a professora de música, a Tia Cecília. Os dois meninos eram muito diferentes, mas, apesar disso tinham algo em comum: eles eram muito curiosos e adoravam aprender coisas novas. Guilherme, tinha um “dom” natural para música, o que não acontecia com Francisco. Assim, em uma das aulas, enquanto Guilherme encatava a todos tocando violão, o sentimento da inveja aparece no coração de Francisco. Porém, a princípio ele não aceita! Fica irritado, desmerece o talento do amigo e precisa de uma “ajudinha” da Tia Cecília para entender que na verdade, ele estava mesmo era sentindo inveja do colega pois não conseguia tocar violão como ele!

A sábia tia Cecília então explica para Francisco que Deus deu dons, talentos diferentes para cada pessoa e que para transformar o sentimento da inveja em admiração, ele precisava primeiro encontrar o seu próprio talento! Olha que lição de autoconhecimento da Tia Cecília, hein? Assim, tia Cecília e o colega Guilherme ajudam Francisco a encontrar o seu dom que, para a surpresa de todos era: cantar! E, assim, com Guilherme no violão e Francisco nos vocais, todos os colegas se emocionam com a apresentação e Francisco finalmente havia despertado um talento escondido, que nem ele mesmo sabia que tinha.

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Essa é uma importante lição para as crianças: quando elas descobrem no que realmente são boas, o sentimento de inveja fica cada vez mais distante para dar lugar à admiriação pelo talento dos outros. Para isso, é importante que possamos oferecer às nossas pequenas e aos nossos pequenos uma variedade de opções, para que eles descubram o que realmente faz despertar o seu brilho interior. Para algumas crianças, será o esporte. Para outras, a arte, a música. Para outras ainda, talvez seja cozinhando, fazendo vídeos, contando histórias…que possamos nos inspirar na tia Cecília e saibamos guiar nossas crianças nessa busca, que trará ainda o valor do autoconhecimento para suas vidas e aumentará a confiança que elas deverão ter nelas mesmas, afinal, elas estão cheias de potencial, a centelha divina habita em todas elas e em todos nós!

E, por fim, quero te propor um exercício: na próxima semana, ao invés de enumerar o que sua criança não pode fazer ou dar bronca pelo que ela faz errado, que tal tentar destacar tudo aquilo que ela faz bem ou se esforça para fazer? Depois me conta se deu certo aqui nos comentários! Se você gostou desta sugestão de livro, não esquece de se inscrever aqui na nossa newsletter.

Que você e suas crianças possam se sentir parte importante do grande quebra-cabeça divino, colocando os seus talentos a favor de cada um e de si mesmo! Que Deus abençoe você e toda a sua família e espero te rever por aqui em breve!

Um abraço fraterno no seu coração!

⁞ Chris