CULTO NO LAR com crianças | Um caso de Chico Xavier

Quem é mãe e pai de criança na primeira infância sabe como é difícil colocar a turminha para fazer o estudo do Evangelho no Lar quietinha, certo? Então, leia até o final para descobrir como um pote de biscoitos resolveu este problema!

UM CASO DE CHICO XAVIER

Como uma boa mineira, hoje vou contar um dos famosos “causos” do, assim como eu, mineiro Chico Xavier. Este causo, tirado do livro "Encontros com Chico Xavier" de Cezar Carneiro de Souza, conta a história de uma família que estava enfrentando dificuldades para fazer o Evangelho no Lar com suas crianças.

Um dos pais relata que, por mais que se esforçassem para iniciar os filhos desde cedo na moral cristã, assim que iniciavam o culto a confusão estava pronta: os meninos ficavam inquietos, começavam a dizer que estavam com sede, pediam bolacha (aqui em Minas a gente conhece como biscoito), doces ou brinquedos. Os pais, então, acreditando estarem fazendo o melhor para os filhos, começavam a repreende-los e exigir que ficassem quietos. Bom, já sabe né? Claro que o efeito foi o contrário: quanto mais exigiam disciplina das crianças, pior ficava a situação: ou eles ficavam emburrados durante toda a reunião ou era um chororô que só e, no fim das contas, ninguém tirava muito proveito do abençoado encontro.

Os pais então, sem saber o que fazer, um dia encontraram um casal de amigos e começaram a relatar as dificuldades que estavam tendo para fazer o culto no lar com as crianças. Este casal então disse que também estavam enfrentando as mesmas dificuldades com seus filhos, mas que após aceitarem o conselho de Chico, a situação havia se resolvido. Os pais então perguntaram: que conselho era esse que Chico deu? E a resposta foi que Chico recomendou que levassem a lata de bolachas à mesa e deixassem os meninos mais à vontade!

DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA

Muitas vezes, na ânsia de acertar, acabamos esquecendo que nossos filhos amados são ainda crianças e não “mini-adultos”. Até mesmo, fisiologicamente é impossível exigir toda essa quietude da criança, já que o córtex pré-frontal, a parte do cérebro responsável por funções importantes como controlar os impulsos, gerenciar emoções e concentrar a atenção só começa a amadurecer a partir dos 3 ou 4 anos de idade, e só estará totalmente desenvolvido após os 20. Acredite: aqui também não é diferente. Na hora do Evangelhinho no Lar, tem gente se contorcendo no sofá igual minhoca, mexendo perninhas, mãozinhas, querendo passar a página do livro, perguntando mil coisas fora do tema do dia, pegando brinquedos que estejam ao alcance da mão, levantando e assentando de novo várias vezes, e mais outras novas peripécias que surgem a cada dia. É claro que, aos poucos, vamos orientando, tentando pedir mais calma na hora do Evangelhinho, mostrando, pelo exemplo, como devemos nos portar e essa repetição se transformou num hábito (por isso fazemos um estudo curto, de 7 a 15 minutos, todos os dias).

Se percebo que minhas filhas estão muito inquietas (mais que o normal) fazemos alguns exercícios de respiração ou uma nova prece no meio do estudo. Porém, nada de autoritarismo! Eu também já tentei esse caminho e o efeito foi o mesmo do causo: a situação piorou ao invés de melhorar.

DICAS FINAIS

Hoje, elas já não pedem mais comida no meio do Evangelhinho no Lar. Raramente pedem água ou para ir ao banheiro. Elas já sabem que não devem trazer brinquedos também, para evitar distrações. Usar linguagem adequada à idade e livros infantis também são atitudes fundamentais para gerar maior interesse das crianças e maior aproveitamento do conteúdo. E assim, dia a dia, vamos construindo este momento mais harmonioso, contornando as dificuldades e lembrando que as ocorrências inevitáveis não devem se transformar em irritação, mas em formas de aprendizado para o próximo estudo.

Agora, me conta nos comentários deste post: a turminha por aí fica bem quietinha na hora do Evangelho no lar ou você também enfrenta situações parecidas?

Um abraço fraterno no seu coração e bons estudos!

⁞ Chris